quinta-feira, 15 de outubro de 2009

***Antiguidade Ocidental***


Paralelamente a Antiguidade Oridental.. Lá no Ocidente, novas concepções surgiam...
Falaremos sobre Grécia e Roma...
Durante o império grego as atividades fisicas eram hiper valorizadas, corpos bonitos eram sinônimo de homens ricos e inteligentes. Neste periodo os homens eram considerados seres elevados, superiores às mulheres, por isso, estas não participavam das práticas.
As atividades fisicas eram praticadas com os corpos despidos e cobertos por óleo, afim de ressaltar a definição dos músculos.
Foi na Grécia que surgiram os ginásios,o ambiente dos ginásios culturalmente não podia ser melhor: eram utilizados para a preparação física dos efebos e dos atletas, exibiam obras dos melhores artistas (que tinham como modelos os próprios atletas) e reuniam os filósofos, que precisamente ali ensinavam as suas doutrinas (como Platão na Academia e Aristóteles no Liceu, dois dos principais ginásios atenienses).
Neste periodo também surgiram os Jogos Olímpicos, porém, nos aprofundaremos neste assunto, num próximo post, ok?
Platão (427-347aC) foi um lutador notável, dava grande importância ao desporto na educação dos jovens helenos. Na sua obra República defende que a música e a ginástica harmoniosa e simples - por esta ordem - são as duas disciplinas educativas que devem combinar-se para alcançar a perfeição da alma. Desta forma é visível formar jovens equilibrados, que não serão nem brandos nem brutos. Neste caso, trata-se de uma ginástica com objetivos filosóficos e, como tal, oposta ao culto do corpo. O objetivo é impelir a alma para o bem através de um conceito estético e higiênico.
Aristóteles (384-322a. C.) considerava como disciplinas educativas a escrita, a leitura, a ginástica, a música e, por vezes, o desenho. Acreditava que a ginástica era útil porque fomentava o valor, pela sua vertente competitiva, melhorava a saúde (idéia que o afastava do seu mestre Platão) e aumentava a força, protótipo das qualidades físicas. É curioso constatar como o grande filósofo de Estagira já alertava na sua época contra o perigo da especialização precoce e da busca prematura de campeões a qualquer preço (um tema tão em voga atualmente). Segundo ele, as crianças não deviam realizar treinos duros antes da puberdade, nem nos três anos seguintes, uma vez que isso prejudicava o seu desenvolvimento biológico, e lembrava que eram muito poucos os desportistas que, tendo sido destacados na idade juvenil, conseguiram ser depois campeões olímpicos.
Na verdade, Esparta x Atenas, também discordavam, quando o assunto era conceitos da Educação Fisica.
A mentalidade espartana, fundamentalmente guerreira, orientava a educação física das crianças para o combate. Assim desde muito pequenos, tanto meninos como meninas recebiam em Esparta uma dura preparação física, na qual até se utilizava a crueldade. Já aos 7 anos de idade eram separados dos seus pais e passavam a depender exclusivamente do Estado. Só as crianças de carácter e corpos fortes eram consideradas dignas de receber educação; as débeis eram excluídas ou mesmo assassinadas. Os jovens exercitavam-se fora da cidade, no dromos (Iugar para correr), ou, dentro dos seus limites, na palestra (recinto para a luta). Esparta foi a grande dominadora nas primeiras edições dos Jogos Olímpicos (sendo os velocistas especialmente admirados), mas com o passar do tempo a participação foi diminuindo, já que práticamente o seu único interesse radicava em preparar-se para a guerra.
Já em Atenas, o conceito de educação física era muito diferente.Desde os 14 anos, os rapazes exercitavam-se num recinto privado, a citada palestra, onde, sob os sábios conselhos do pedótriba (mestre responsável em orientar as atividades fisicas), praticavam salto, disco, dardo, solos (espécie de lançamento de peso),acrobacias, danças, etc... inclusive existia uma teoria do treino, na qual se aplicavam os princípios da especificidade e individualização. Não são poucos os exercícios praticados naquela época que coicidem ainda com os da educação fisica escolar atual. Também existiam diversos sistemas de treino, cada vez mais especializados, bem como uma parte destinada ao aquecimento no início de cada sessão.O pedótriba dirigia a instrução na palestra e era ajudado pelos alunos mais velhos. Utilizava sistemas de ensino autoritários baseados no "certo-errado". Cumpridos os 18 anos, o jovem passava para o colégio dos efebos e, a partir de então, o Estado encarregava-se da sua educação. Após a sua passagem pela palestra, os jovens atenienses dirigiam-se aos ginásios, que viveram uma época de esplendor a partir do século IV a. C.
Todos os conceitos citados acima, são extremamente abalados durante o Imperio Romano, esta defendia atividades fisicas para militares, objetivando o desenvolvimento das massas musculares. Pouco se dedicavam à cultura intelectual e muito menos a da moral.
Roma condenava a nudez, e qualquer culto ao corpo.
Durante este periodo, até mesmo os Jogos Olimpicos, foram encerrados.
A arte das atividades fisicas também fizeram parte de uma manobra politica, pois com o crescimento urbano vieram também os problemas sociais para Roma. A escravidão gerou muito desemprego na zona rural, pois muitos camponeses perderam seus empregos. Esta massa de desempregados migrou para as cidades romanas em busca de empregos e melhores condições de vida. Receoso de que pudesse acontecer alguma revolta de desempregados, o imperador criou a política do "Pão e Circo", que se fundamentava em oferecer aos romanos alimentação e diversão. Quase todos os dias ocorriam lutas de gladiadores nos estádios (como no famoso Coliseu), onde eram distribuídos alimentos. Desta forma, a população carente acabava esquecendo os problemas da vida, diminuindo as chances de revolta.




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